ninho dos pintassilgos: A Represa!, Capitólio\MG

Ladies and gentlemen, segue agora o testemunho de um dos lugares mais belos já visitados pelos Pintassilgos na Lavadoura!

E com um importante detalhe: um lugar cuja beleza, em grande parte, deve-se às mãos humanas! A região da Represa de Furnas, MG.

Represa de Furnas

"No dia 9 de Janeiro de 1963 o túnel que desviou o curso do Rio Grande para a construção da Usina de Furnas foi fechado, e as águas que formaram um dos maiores reservatórios não naturais do mundo criaram praias, inundaram cânions e vilarejos e mudaram para sempre a história dos 34 municípios que ficam ao longo dos 1440km2 de extensão do Lago de Furnas."

A Equipe: Dessa vez quatro dos Pintassilgos alçaram vôo e, para apresentá-los, utilizarei de nossa belíssima foto estilo "capa de CD". (rs) Da esquerda para a direita: Henrique Diamantino, Bernardo Muniz, Lucas Alves e Guilherme Pacheco. Tendo como cenário uma das vistas da reserva "Paraíso Perdido", relatada mais adiante.

Pintassilgos na Lavadoura boyband

Sedentos por mais algumas belas cachoeiras e sem saber o que nos esperava, deixamos Belo Horizonte na madrugada do dia 24/06 e nos dirigimos ao município de Capitólio, a 276km de distância da capital. As estradas, durante todo o percurso, duplicadas e em ótimo estado, permitem uma viagem rápida (4h) e tranquila. Mas em troca, prepare-se para desembolsar nada menos que um total de RS 16,00 em pedágios pelo caminho.

Chegando à região de Furnas, logo é possível deslumbrar-se com a magnitude de seu lago artificial. Entre várias atrações existentes escolhemos visitar, primeiramente, a reserva conhecida como "Paraíso Perdido". Após termos o prazer de reduzir o peso de nossas carteiras em RS 20.00 na entrada, adentramos o tal paraíso...

O Paraíso Perdido corresponde a um curso d'água entre as pedras, no qual oito belíssimos poços podem ser visitados. A profundidade desses alcançava até 18m, e mesmo assim, devido à limpidez da água, o fundo podia ser facilmente visualizado. Realmente incrível!

Paraíso Perdido - primeiro poço

Apesar de ser uma prática altamente não recomendada por mães e avós, pular das pedras dentro de um dos poços era não só possível, como também relativamente seguro e extremamente excitante.

Outro fator diferencial do Paraíso é o percurso, feito todo o tempo sobre o curso do rio. Vá preparado para atravessar poços a nado e subir paredões de pedra contra quedas d'água. Nada demais, mas deixe seu tênis em casa ou no carro, pois ele não servirá de nada aqui.

Gastamos aproximadamente quatro horas para explorarmos todos os poços calmamente, e ainda deu tempo de tirar muitas fotos nas belíssimas paisagens do lugar.

Não se iluda, dormir no camping do lugar é simplesmente inviável, já que nos cobrariam RS60.00 (isso mesmo, sessenta reais) por pessoa para que ficássemos, sem quaisquer regalias além de um banheiro, o qual utilizamos durante nossa visitação, sem nem termos que dormir.

Deixamos o Paraíso sem lugar para dormir ou comer. Depois de vagarmos sem rumo durante algum tempo, paramos para comer no posto JF, no caminho entre São José da Barra e Passos. Pagamos 12 reais pela refeição (self-service sem balança), na qual o Henrique mal tocou, devido à sua péssima qualidade. Além disso, como parte da refeição, a luz acabou no meio do jantar, nos dando um clima mais "aconchegante".

Após nos alimentarmos, adentramos a pequena e pacata cidade de São José da Barra, onde Bernardo, o mais observador e sagaz dentre os pintassilgos, avistou de relance um letreiro com os dizeres “Pousada da Fia”. Após persuadir o restante do grupo a parar e perguntar por informações, descobrimos que havíamos encontrado algo único! Uma casa com três quartos, cozinha, banheiro, jardim e tudo o mais por apenas RS20,00/dia por pessoa, ou RS25,00 com café da manhã, café este que consistia em pães de queijo, pães franceses com manteiga, suco, leite, café, biscoitos e etc. Um achado sem precedentes! Fica a dica para quem quiser ter um lugar confortável e barato. Procurem a Pousada da Fia e falem com o Brás (Braishh).

Pousada da Fia - fora

Pousada da Fia - dentro

[Lucas]

O dia seguinte começou animado, com um passeio de lancha que fizemos pelo lago. Havíamos comprado o passeio no dia anterior, no Restaurante do Turvo, com o Carioca. O tour pelo lago, que durou aproximadamente 2h30m e custou R$50, nos levou a vários pontos turísticos da região: a cachoeira Cascatinha, a cachoeira do Canyon e a cachoeira Lagoa Azul. Apesar do preço não muito convidativo, valeu muito a pena.

O nosso passeio começou às 11h, horário escolhido por nós. O horário pode ser combinado com o Carioca, ele é bem tranquilo, o único problema é que as lanchas são para no mínimo 6 pessoas, e não saem com menos, a não ser que se pague a diferença de preço. Como estávamos em um feriado, foi bastante fácil encontrar companhia, e acabamos saindo com a lancha cheia, com umas 10 pessoas.

A lancha faz várias paradas, para que apreciemos os pontos mais interessantes. A primeira delas foi dentro do Canyon, em uma fenda ao fim do mesmo. Aproveitamos para nadar além da fenda e foi muito legal. A paisagem é muito bonita e o caminho continua bastante depois da fenda, mas não conseguimos ir até o fim, pois a lancha só ficaria parada por 15 minutos. Repare, na foto abaixo, a cor da água: verdinha, verdinha!

Fenda do Canyon

A segunda parada foi na cachoeira da Cascatinha, cachoeira esta também alcançável por terra (há uma entrada para a cachoeira na MG-050). Essa cachoeira é composta de várias quedas de pequeno porte, e foi divertido subir o rio para conhecer todas as quedas. O caminho é bastante tranquilo, sem dificuldade alguma.

Chegando à cachoeira Cascatinha

Outras quedas

Poço

Ao fim do caminho

Nosso próximo destino foi a cachoeira do Canyon, uma cachoeira que cai direto do Canyon no lago de Furnas. A nossa visita foi no inverno, então as cachoeiras estavam com menos volume d'água, mas ainda assim ela se apresentou a nós com uma beleza impressionante! Fica a dica da visita a essa cachoeira, que só pode ser alcançada de barco.

Cachoeira do Canyon

Reparem o maluco lá no alto! hahaha

A última parada da lancha foi na cachoeira Lagoa Azul, que dizem ser muito bonita. Foi meio decepcionante saber que teríamos que pagar mais R$5 para visitar a cachu, o que nos impossibilitou de fazê-lo, já que estávamos sem dinheiro algum. Fica aqui a foto de longe dessa cachu, que também pode ser alcançada de carro, pela MG-050.

Cachoeira Lagoa Azul, de longe

Na volta ainda deu tempo pro nosso querido Bernardinho dar uma de 'lancheiro'! hahaha =]

Bernardinho mandando ver na lancha!

Terminamos o passeio de lancha e fomos almoçar. Almoçamos num ótimo restaurante, o Bica d'Água. Ele fica na MG-050, entre Capitólio e o Restaurante do Turvo, próximo ao acesso à cachoeira do Grotão. O PF lá custa R$7,50, é uma comida simples e muito boa. Além disso o restaurante proporciona uma vista bem legal da represa, recomendadíssimo!

Depois do almoço, ainda em busca de novas cachoeiras, resolvemos visitar a cachoeira do Grotão, cujo acesso é aproximadamente a uns 2km do restaurante, à direita, no sentido Restaurante do Turvo. Prestem bastante atenção, pois só há uma placa, bem pequena, por sinal, para quem vem no sentido Capitólio. Pegando a estrada de terra, são mais 6km até a cachoeira, e o caminho todo possui placas.

Não esperávamos muito dessa cachoeira, por nunca termos ouvido falar dela, e talvez por isso ela nos impressionou bastante! A cachoeira é enorme e muito linda! Ficamos encantados e, apesar do frio que fazia, já que o sol já havia parado de bater na cachu, encaramos a água gelada. E valeu muito a pena! O poço é bastante fundo, bem gostoso de nadar.

Saindo da cachoeira do Grotão visitamos a última cachu da viagem: a cachoeira da Filó. Essa cachoeira fica às margens da MG-050, no sentido contrário a capitólio, bem perto do trevo de acesso à Hidrelétrica de Furnas e do acesso ao Paraíso Perdido. Há espaço para estacionar os carros.

A cachoeira da Filó tem uma queda bastante grande e um poço maior ainda. É uma cachoeira bem gostosa de se ficar, pois ela fica num espaço aberto, onde o sol bate quase o dia todo. Infelizmente chegamos lá com o sol quase se pondo, mas mais uma vez encaramos a água gelada e experienciamos a cachoeira! Mais uma cachoeira bem legal dessa viagem, além de ser de graça!

Cachoeira da Filó

Saindo da Filó ainda deu tempo de pararmos no mirante da Hidrelétrica de Furnas para curtirmos o pôr-do-sol. A vista da hidreletrica é bastante interessante, e com certeza vale a parada. No mirante também rola uma feirinha de artesanato, que tinha umas coisas bem legaizinhas!