sábado, 19 de março de 2011

Cachoeiras da Caverna, do Gavião e do Tombador - Serra do Cipó

Cachoeira do Tombador (queda de cima)
Bom, como prometido há 6 meses atrás, irei relatar o voo dos Pintassilgos às Cachoeiras do Gavião, da Caverna e do Tombador, sendo as últimas, duas das minhas cachoeiras preferidas da Serra do Cipó!

Primeiramente, apresento-lhes os membros do bando, a começar pelas meninas.

Taís, vulgo Tatá, a moça abaixo, se divertindo em meio a uma plantação de maconha.

Taís se divertindo!

Em seguida os gajos, da esquerda para a direita: Lucas, Guilherme, Bernardo e Henrique.


Gajos

Foi uma viagem de dois dias de duração. Chegamos à Serra no Sábado, no meio da tarde. Sendo assim, tínhamos pouco tempo para visitar uma cachoeira realmente interessante, do tipo que possuísse no mínimo 3 km de trilha. Desse modo, resolvemos ir à Cachoeira da Caverna, cachoeira tal que após uma árdua e suada caminhada de 200 metros, já estávamos dentro da cachoeira... Ainda assim, a ideia nos pareceu interessante, pois nunca tínhamos visto uma cachoeira com uma caverna antes. Chegamos, estacionamos o carro, pagamos o valor de R$15,00 cada, que teoricamente é investido na infra-estrutura do local para acolher turistas... Aham, Cláudia...

Bom, chegamos à cachoeira da Caverna, segue abaixo a vista dela por cima:

Vista de Cima da Cachoeira da Caverna
Cachoeira da Caverna
A cachoeira é muito bonita e a água é, para variar, muito gelada. O poço é cercado por vegetação e pedras inclinadas, mas dá pra achar um jeito de se estabilizar e descansar. A queda é bem legal! Todo mundo gostou!
Depois de muitas tentativas para colocar a câmera com timer de 10 segundos, apoiada numa pedra inclinada e nadar meio poço para tirar foto com os ociosos amigos na queda, o objetivo foi alcançado e segue abaixo uma foto do bando todo debaixo da queda:

Décima tentativa de tirar foto automática.
Em seguida resolvemos procurar a tão famosa caverna e, para a nossa decepção, não encontramos...
Depois de um tempo, foi escurecendo e resolvemos ir embora para a casa da Vó de Henrique, para restaurar nossas forças exauridas pela volta de 200 metros até a portaria.

No segundo dia, estávamos prontos para conhecer a Cachoeira do Tombador e a Cachoeira do Gavião. Não sabíamos ao certo o caminho, mas sabíamos que a Gavião ficava no caminho até Tombador e que a trilha era de 8 a 10km, só de ida.

As cachoeiras de Tombador, Andorinha e Gavião ficam em uma portaria diferente da cachoeira da Farofa e do Canyon das Bandeirinhas. Nunca tínhamos andado por lá, e nos surpreendemos com a beleza da trilha, muito superior à qual estávamos acostumados. Segue abaixo algumas fotos da trilha:

Famosa foto do Blog!
Trilha para Gavião
Riozim
Trilha
Tentativa de Panorâmica
Chegamos à Cachoeira do Gavião e nos deparamos com um local habitado principalmente por japonesas idosas e crianças. Depois de nos divertirmos com hipóteses absurdas de como as velhinhas haviam chegado até a cachoeira, resolvemos passar direto e ir até Tombador, para na volta aproveitar Gavião.
Segue abaixo uma foto da Cachoeira do Gavião, só pra tirar a curiosidade. Voltaremos a ela depois.

Cachoeira do Gavião (prévia)

Para chegar a Tombador, partindo-se de Gavião, basta pegar uma trilha branca, de aproximadamente 2 km, à direita da cachoeira. A trilha é consideravelmente mais difícil do que a trilha que nos levou até Gavião. Muita subida, mato fechado e etc. Finalmente chegamos à cachoeira do Tombador, que para nossa felicidade estava completamente deserta. As pessoas provavelmente não a conhecem ou não querem enfrentar a trilha depois de Gavião.
Com o Sol já rachando chegamos à cachu, cujo poço, por ser meio raso e meio fundo, fica com uma cor muito bonita, muito convidativo.

Poço de baixo da Cachoeira do Tombador
Cachoeira do Tombador
A cachoeira possui dois níveis, cada um com sua queda. Subindo para a parte de cima, encontramos mais uma queda, com seu respectivo poço. Este, por sua vez, não é lá muito gostoso. Ele é aparentemente mais frio, mais estreito e com mais plantas ao seu redor. Mas a cachoeira é muito gostosa e boa de ficar embaixo.

Cachoeira do Tombador
Crianças felizes

Nesse momento, chegamos à parte mais crítica da viagem. Estávamos lá, Pintassilgos felizes curtindo a cachoeira, quando de repente senti uma dor de picada na perna, uma dor que, apesar de não ser forte, era considerável. Comuniquei ao restante do bando que um bicho havia me picado, mas parecia ser uma mosca. O Lucas, com tom de ceticismo "Ah, deve ser nada não, sua Pêka burra exagerada haha." Não deu um minuto e Lucas grita "Pqp, que trem é esse!!" Ele havia sentido a mosca maldita. Enfim, foi uma questão de segundos e todos estavam sendo bizarramente picados por uma mosca, que aparentava ser idêntica às moscas de cozinha, mas era gigante! E de alguma forma suas picadas doíam! Por fim, fomos expulsos da parte de cima por essas moscas e descemos para a parte de baixo para nos alimentar. O fizemos e nadamos um pouco. As moscas de vez em quando desciam para nos atormentar e acabaram nos mandando embora da cachoeira. Elas realmente incomodavam, uma pena pois o local era uma delícia...

Sentindo a mosca...
Lucas dando tchau

Regressamos à cachoeira do Gavião, e Tatá começava a sentir dor no pé, pois ela, muito esperta, estava de chinelo Havaiana fazendo uma caminhada de 16 Km (ida e volta). Mas ela foi guerreira e só comentou o ocorrido, e não chegou a se incomodar com isto.

Voltamos à Cachoeira do Gavião, que já estava consideravelmente vazia. Aves, silêncio, pedras, um casal fazendo sexo à esquerda... Enfim, coisas que são encontradas em cachoeiras!
O legal da cachoeira é que a queda parece se "afunilar" e depois cair. É bom ficar embaixo.

Poço Funil
Cachoeira do Gavião


Depois de curtir a queda, resolvemos subir um pouco a Gavião para ver a vista. Ao chegar lá em cima e olhar para baixo, descobrimos que a Tatá havia falecido e seu cadáver boiava o poço de Gavião, uma cena triste...
Cadáver de Tatá
Em seguida, continuamos a caminhada para cima. Chegamos em um ponto consideravelmente alto e tiramos várias fotos da vista. Elas seguem abaixo. Uma vista impressionante.

"Ah, a Serra do Cipó..."
Corcundas
Lucas
Henrique

Depois descemos e chamamos a Tatá, que, para nosso alívio, não estava morta, somente descansando. E fomos embora!

Dentro do carro, a caminho de BH, nos preparávamos para voltar à vida urbana, deixando para trás cachoeiras maravilhosas, idosas nipônicas, casais à esquerda, moscas gigantes e um voo inesquecível...

6 comentários:

  1. Nó! Essas moscas do demo, num eh bom nem lembrar! Adorei o casal à esquerda... tinha até esquecido dele! auhhuahua Mtu baum!
    E ah! Ainda voltaremos em Tombador, dessa vez na cheia!

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  2. Mosca?? Era um búfalo voador!
    Eheheh... Memória boa Gui, li o post relembrando os bons momentos! Legal mesmo..

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  3. Gente, ques lugares mais lindos!
    :O

    PS: Crianças felizes onde? A foto no geral parece aquelas crianças nordestinas que moram bem no sertão. Olha o Lucas! ahahah :)

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  4. Mto bacana as fotos e as palhaçadas por trás delas, dá mta vontade de conhecer todas essas cachoeiras (a mosca eu passo...rs)...aquela maconha é forte né!? não precisa nem queimar pra fazer efeito, pensei que a Tatá tinha até virado um corpo boiando no meio da água...

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  5. Gostei do foto do cadáver, hohoh.
    Brincadeira, prefiro as cachus sem eles =P

    Nunca vi essas moscas demos ainda!

    Bacanas os posts :)

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  6. Guilherme a "caverna" da Cachoeira da Caverna é submersa, é necessário aparelhos de mergulho para ter acesso.

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