segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

1ª Etapa do Circuito Mineiro de Trekking 2011 - Belo Horizonte

Rua da Bahia
Voar em casa não é tarefa das mais fáceis. Esse é o ensinamento aprendido pelos pintassilgos com mais essa etapa do Circuito Mineiro de Trekking. Voando sobre o seu próprio terreno, a nossa majestosa Bêagá, os Pintassilgos na Lavadoura conseguiram um resultado, no máximo, decepcionante. A etapa de BH marcou o início da competição em 2011, a primeira prova da Raíssa como pintassilga e, além disso, a estréia dos pintassilgos na categoria Trekkers, alcançando apenas a nona colocação, de um total de 15 equipes.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Milho Verde e Capivari - 11/jan/2011

2011 se inicia e os pintassilgos dão seu primeiro vôo sobre as cachoeiras de Milho Verde e Capivari, ambas distritos da cidade de Serro, localizada na região central de Minas. O Arraial de Serro Frio foi, no auge do ciclo do ouro, importante centro de exploração de ouro na região e mais tarde de diamantes com a descoberta de jazidas nas regiões de Milho Verde e Diamantina.

Como antiga rota de tropeiros o município de Serro ainda oferece a deliciosa comida mineira mas também a precariedade de suas estradas que parecem pouco ter mudado desde o Brasil colônia. Saindo de Belo Horizonte pela MG-010 são 188 Km de distância sendo que 60 deles de terra, da simpática Conceição do Mato Dentro até Serro.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pancas\ES - 03/jan/2011

Eis que tudo começou quando alguns pintassilgos decidiam onde passar o Reveillón. A decisão foi ir para Vitória (ES), e acabamos por passar a noite do Ano Novo em Guarapari, na Praia da Bacutia em Meaípe. Na volta reservamos um dia para desbravar a belíssima cidade de Pancas, onde está o Parque Nacional dos Pontões Capixabas.

Reveillón, praia da Bacutia

Na manhã do dia 3 de Janeiro do novo ano acordamos cedo na cidade de Vitória e, em silêncio, para não acordar os anfitriões da casa em que ficamos, arrumamos as malas e partimos. São 180 km a partir da cidade de Vitória, seguindo para o norte, passando pelas cidades de Serra e Colatina. Partindo-se de Belo Horizonte, cidade “sede” dos pintassilgos, são 485 km indo pela BR-381, passando por Governador Valadares e  indo até Central de Minas. De lá deve-se descer pela ES-164 até Pancas. Chegamos à cidade às 9h30min.

Cidadezinha encravada no meio das pedras.

Hospedagem: Hotel Acácia
Capacidade do quarto: 3 pessoas
Diária: 60 reais com café
Opinião: simples, limpo e muito confortável, é aparentemente o maior prédio da rua.

Tão logo se chega à cidade, você se vê cercado por altíssimas e belas pedras por todos os lados, é simplesmente deslumbrante. Tínhamos muitas idéias  do que fazer, mas nossa maior pretensão era voar, é claro. Pancas é um ponto turístico obrigatório dos parapentes/paraglider’s, esportistas de todo o mundo visitam a cidade para voar.

Para conseguir informações fomos rumo ao Dega’s Bar e Restaurante, visto que dentro do bar fica também a sede da Associação de Vôo Livre de Pancas (AVLP). Lá encontramos um sujeito que não parava de falar, mas era sábio e nos informou com precisão. Infelizmente, devido ao dilúvio que acometeu MG e ES na última semana, e de o tempo ainda não estar bom, descobrimos não ter ninguém na cidade para voar conosco.

Seguimos com nosso roteiro. Primeiro rumo à Rampa da Colina, ou rampa de vôo Livre "Clementino Izoton". A rampa proporciona uma vista privilegiada da cidade e dos Pontões Capixabas, é de tirar o fôlego. Até a rampa são 13 km de carro partindo de Pancas, dos quais 7 km são em estrada de terra, tudo muito bem sinalizado com placas. Nesse dia a estrada de terra estava bem castigada pela chuva, com muito barro e galhos na pista.

Na rampa

Observação: Ao posar para uma foto, eu pus o pé em um formigueiro e fui trucidado.

De lá fomos conferir a Cachoeira do Breda. Cachoeira de fácil acesso, é só seguir até o trevo que divide as estradas de Alto Mutum Preto e Mantenópolis. Seguir rumo a Mantenópolis por aproximadamente 100m e entrar à direita. Esta cachoeira não despertou muita vontade de nadar, sendo classificada como uma low sliding waterfall level 1, por não ter uma queda propriamente dita, a água só escorre pela pedra.

Cachoeira do Breda

A esta hora chegava o momento de almoçar, já eram 13h da tarde. Encontramos poucos restaurantes, até toparmos com um que estava aberto e descobrirmos que já passava da hora do almoço em Pancas. Aparentemente lá as pessoas almoçam bem cedo, mas a moça disse que conseguiria passar mais dois bifes antes de encerrar.

Observação: Lucas pirou com o delicioso suco natural de lá.

Reabastecidos e energizados, era hora de encontrar uma cachoeira para nadar. Foi aí que apareceu o desafio da Cachoeira do Bassani. Nos foi dito que ela estava abandonada e suja, e que só os franceses nadavam lá. Ainda assim não desistimos. Para chegar até essa cachoeira é só seguir pela via principal no sentido Pancas-Colatina e virar à direita após o Dega’s. Seguiríamos por uma estrada de terra com o carro por 3 km. Na metade do caminho uma ponte danificada bloqueava o caminho. Ao manobrar o carro para estacionar ali ainda conseguimos a proeza de atolar o carro. Felizmente dois homens bondosos que estavam trabalhando na ponte nos ajudaram a empurrar e liberar a roda. Dali, fomos à pé. Andamos mais 1 a 2 quilômetros tranquilamente na trilha, e já era possível avistar a queda da cachoeira. Foi então que, fascinados, seguimos direto para lá, atravessando portões da propriedade sem nem falar com o dono. Escalamos um morro bastante inclinado, onde havia uma plantação de café, atravessamos capim alto, terra fofa, e lama.

Observação: Eu atolei o pé até o meio da canela. Quase perco o tênis.

Finalmente uma belíssima master flow sliding waterfall level 3. Essa cachoeira é muito alta (por volta de 70m de altura) e bonita, porém, como a cachoeira do Breda, possui poço raso e pequeno, ruim para mergulho, e não tem uma boa queda para ficar debaixo.

Cachoeira do Bassani

Ainda não era hora de descansar, não antes de visitar a Pedra Agulha, uma rocha parecida com uma chaminé, é a segunda maior do Brasil com 500 metros de altura. Para isso, retornamos pela estrada de Colatina por poucos quilômetros e entramos à direita (tem placa). Uma estrada de terra, que piora cada vez mais, nos aproximou da pedra. Esta estrada segue indefinidamente até a base da pedra (não chegamos até o fim). Paramos o carro próximo a uma fazenda cheia de maracujás, e continuamos a pé. A julgar pelo nosso carro, fizemos o correto, mas com carros mais potentes e apropriados é possível ir mais além, vai do senso de cada um. A subida à pé é árdua, mas a recompensa é infinita. Queríamos avançar ainda mais. Apenas voltamos quando um mato infestado de carrapichos fechou a estrada já quase na floresta da base.

          
            Pedra da Agulha
Carrapichos? Que nada!


Outras pedras de destaque:

Pedra do Camelo - Considerado o principal cartão postal da cidade, possui 720 metros de altura;

Pedra do Camelo (fundo, à esq.) e Pedra da Agulha (fundo, à dir.)

Pedra do Leitão - Está a 4,5 km do Centro da cidade;

Pedra do Leitão

Pedra da Gaveta - Está a 3,5 km do centro da cidade, ideal para escalada, rapel e montanhismo.

Pedra da Gaveta

Pedra da Cara - Está localizado na comunidade São Pedro, possui 600 metros de altura;

Terminamos na Pedra Agulha ao fim da tarde, voltamos, e após o banho passeamos em Pancas durante o por do sol, lá pelas 19h. Foi esplêndido, comemos e tomamos um sorvete na praça da igrejinha. O tempo foi curto, mas já podemos escrever o livro: “Conhecendo Pancas em 10 horas”, ou então escrever o Post no blog! hahahhaha...


[Lucas] A cidade vale muito a visita, e pode-se conhecer os principais pontos em um dia apenas, mas dois dias é a quantidade recomendada. Para quem gosta de trilhas, escalada, rapel e vôo livre, a cidade é um paraíso. Muitas das pedras proporcionam possibilidades de escalada, e o vôo livre, partindo-se da rampa da cidade, é conhecido por oferecer uma das mais belas paisagens para vôo no Brasil.

Igrejinha de Pancas

Abraços